Danilo Zanini
Com o objetivo de dimunir o consumo de cigarros no Brasil o IPI sobre esses produtos terá um aumento que vai refletir diretamente no preço final pago pelo consumidor. Desde o início deste mês já é possível sentir diferença nos valores cobrados pelos estabelecimentos. Mesmo considerado adequado em função do poder de compra do brasileiro, aqui é cobrado em média R$3,40 por cada maço, em outros países é ainda mais caro. Nos Estados Unidos o maço custa em média R$ 11,60; na Europa, R$ 10,70 e na Austrália cada maço chega a custar em média R$ 42,00. Preço acima da média na tentativa de diminuir o consumo de cigarro dentre os australianos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 1,2 bilhões de pessoas no mundo sejam fumantes, isto é, aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.
Em consequência, a quantidade de mortes causadas devido ao uso do tabaco vem aumentando proporcionalmente ao número de pessoas que fumam ao redor do mundo: são cerca de 4,9 milhões de mortes por ano.
Situação no Brasil
No Brasil, as medidas sugeridas pela OMS para combater o tabagismo como, por exemplo, promover o aumento de preços dos cigarros, a lei antifumo e restrições à propaganda de cigarro têm conseguido resultados notáveis. Segundo o Ministério da Saúde entre 2006 e 2011 a proporção de fumantes caiu de 16,2% para 14,8% dos brasileiros. Houve uma redução de mais da metade dos fumantes nos últimos 22 anos uma vez que 34% dos brasileiros fumavam em 1989. De acordo com dados da Associação Médica Brasileira (AMB) só na década passada a queda do número de fumantes chegou 56%.
Os dados da pesquisa do Ministério da Saúde também revelam uma diminuição mais expressiva entre os homens, que antes representavam 20,2% do público fumante e hoje representam 17,9%. Já as mulheres mantiveram-se estáveis em 12,7%.
Editado por Monique Ribeiro