por Sheila Firmino
Fazer planos para uma futura aposentadoria está cada vez mais próximo da realidade dos brasileiros. Esta afirmação pode ser feita com base no censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revela cerca de 20 milhões de pessoas consideradas idosas no Brasil, ou seja aquelas que têm mais de 60 anos constituem 10% da população total. As capitais com maior registro de pessoas idosas são Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Na cidade de Campinas, a população de idosos corresponde a 34,3% do total de habitantes segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Asilos
O Brasil possui apenas 218 asilos públicos contra 3.548 instituições privadas segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A cidade de Campinas possui 72 asilos, desses, 26 funcionam de maneira irregular como informa a Secretaria Municipal de Saúde. Grande parte das instituições existentes no Brasil são filantrópicas, ou seja, sem fins lucrativos e se mantêm muitas vezes, através da ajuda de voluntários e doações. Depois se pode mencionar os asilos públicos e os privados onde a família ou a pessoa responsável pelo idoso paga um valor mensal para o manter.
De acordo com a coordenadora da área técnica do Lar dos Velhinhos de Campinas, Isis Camargo a instituição não teve aumento no número de idosos que moram ali nos últimos quatro anos em decorrência de reformas no telhado, na parte elétrica e hidráulica do lar, além da instalação de pisos antiderrapantes, rampas, barras de segurança onde os idosos possam se apoiar e outros serviços. As melhorias em toda a infraestrutura estão ocorrendo para que tudo fique dentro das normas reguladoras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Antes abrigávamos cerca de dez idosos por quarto, agora, são apenas quatro pessoas em cada, mas isso tudo depende da verba e do tempo para as adequações”, ressaltou a coordenadora.
Menos é mais
Atualmente o Lar dos Velhinhos de Campinas atende 74 idosos carentes. Há dois são pensionatos, sistemas de hortelaria, cujos hóspedes pagam por todo o serviço oferecido pela entidade. Por meio de um contrato eles têm tudo acertado: casa, acomodações adequadas para o descanso, comida e limpeza do ambiente. Isis Camargo considera que para melhorar a qualidade do atendimento é necessário restringir a entrada de novos assistidos. “No momento preferimos atender menos idosos, mas pretendemos atingir nossa capacidade total que é de 150 residentes. Aos que já damos assistência não falta respeito, nem dignidade.” afirmou.Para o asilado C. B. de 90 anos o Lar é sua casa. “Eu gosto muito de ficar aqui, pois sou bem tratado, tenho amigos, roupa lavada e passada, além de cinco refeições por dia”, elogiou.
Para que o idoso possa ser um dos que recebe toda essa assitência do lar é preciso que ele tenha mais de 65 anos de idade e esteja saudável mental e físicamente, mas, nem sempre é dessa maneira que os idosos chegam até a coordenadora. Muitos pessoas, familiares ou não, que procuram internação para um idoso só tomam essa atitude “Quando os idosos já estão extremamente comprometidos e, por causa disso, as famílias já não podem mais tomar conta deles”.
Ainda segundo Isis Camargo, o abrigo atende gratuitamente 100% da população carente e idosa fornecendo para cada um deles assistência médica, cuidados de enfermagem, remédios, terapia, atividades recreativas, roupas, até cinco refeições por dia e ainda, nos casos em que há necessidade de suplementação alimentar, também é feito um acompanhamento com vitaminas.
Fontes de renda da instituição
Como o asilo é filantrópico e sem fins lucrativos, a Prefeitura Municipal de Campinas e algumas empresas ajudam da maneira que podem. “A prefeitura Municipal de Campinas co-financia a vaga para 48 idosos independentes e 29 semi-dependentes, o que corresponde por cerca de 2% dos nossos gastos e outras empresas doam determinadas quantias. As somatórias é que representam um valor significativo e de grande importância para a instituição”, afirmou Isis Camargo.
A instituição também recebe ajuda da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC), algumas doações espontâneas, mensalidades dos sócios contribuintes e por vezes também recebem verbas de projetos parlamentares (específicas para determinada finalidade). Todas as doações,verbas governamentais e de empresas são direcionadas somente para os idosos.
Editado por Monique Ribeiro
Essa é uma questão bastante interessante. Temos poucos asilos no Brasil, não que todo mundo quando ficar velho vai para lá é que devemos estar bem preparado para isso.
Estou a procura de um para meu pai…mas não consigo…são muito caro …em Campinas e filantrópico não tem…