Carla Vido
Os ônibus biarticulados de transporte rápido (BRT’s) começam a funcionar em Campinas em duas semanas: antecipando a implantação dos veículos, que fazem parte do plano de metas do PAC2, o prefeito de Campinas, Pedro Serafim, e o secretário de Transportes, André Ribeiro Aranha, estiveram em Bogotá, na Colômbia, para fazer uma visita técnica ao transporte público local. De acordo com campineira em intercâmbio, o modelo é muito criticado no país.
A estudante de jornalismo Isabella Togniolli, que está morando na Colômbia há três meses e meio, utiliza o transmilênio, como os BRT’s são chamados em Bogotá, todos os dias e afirma que, apesar da eficiência, e a população não vê com bons olhos o transporte público local. “No conceito deles é um transporte caro, cerca de 1.750 pesos, mais ou menos R$ 1,90 e tem muita queixa de superlotação, já que a cidade tem cerca de oito milhões de habitantes. No meu ponto de vista é um transporte barato e que funciona perfeitamente”, explica.
Em uma cidade com dois milhões de habitantes como Campinas, os BRT’s podem ser mais eficientes. “Não é só a estrutura que precisa ser bem elaborada na cidade, a população também precisa se conscientizar de um uso correto do transporte. Aqui em Bogotá é proibido qualquer tipo de alimento, bebida ou fumo dentro das estações e dos ônibus. Então a questão da educação também precisa ser trabalhada”, afirma a estudante.
Cidades brasileiras como Curitiba, São Paulo, Brasília, Goiânia, Uberlândia eRio de Janeiro, entre outras, já possuem os ônibus biarticulados. Com R$ 295 milhões destinados pelo Governo para os investimentos no Programa, o município de Campinas entra com uma contrapartida de R$ 44 milhões para as mudanças na área de transporte. Entre elas está a implantação de dois corredores de ônibus exclusivos para os BRT’s, além de reformas no Terminal Ouro Verde e no Viaduto Miguel Vicente Cury.
Assista ao vídeo abaixo para conhecer o BRT em Bogotá, Colombia.
Editado por Bárbara Bretanha