Tese aponta queda em contratações de portadores de deficiência

Com a implementação de políticas públicas e também, pela chamada “lei de cotas” para pessoas com deficiência, as contratações de portadores de necessidades especiais em empregos formais oscilaram nos últimos cinco anos. Em relação a 2010, a queda de contratações no ano passado foi de 403 vagas. A não preparação do deficiente ou do portador de deficiência para realizar funções nas empresas pode ser um dos aspectos principais dessa redução. É o que revela a tese de doutorado do Instituto de Economia da Unicamp conduzida pelo economista Vinícius Gaspar Garcia.

Na pesquisa publicada em 2011, são levantados cinco aspectos que desde 2008, mostram a queda das contratações de deficientes em empresas. O primeiro aspecto discutido é a ampliação do conhecimento público acerca das pessoas com deficiência e sua inserção no trabalho. Já as questões ligadas à legislação – não só em relação à chamada “Lei de Cotas”, mas também à legislação trabalhista/previdenciária – é o segundo aspecto.

O fortalecimento da inclusão escolar e das possibilidades de qualificação profissional, inclusive dentro das empresas, a acessibilidade como conceito-síntese da sociedade inclusiva e a consolidação de novos paradigmas e formas de pensar a temática da deficiência, na sociedade em geral, mas especialmente entre os empregadores (empresários ou gestores públicos) e as próprias pessoas com deficiência, fecham os cinco aspectos apresentados pelo economista. Em conjunto, avanços e ações nestas áreas podem proporcionar condições para uma participação ampliada e mais efetiva das pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal.

Para Vinícius Gaspar, os paradigmas dos empregadores podem ser quebrados. “Precisam saber que, antes de tudo, são pessoas com virtudes e dificuldades que caracterizam cada um de nós. A partir daí, essas pessoas podem necessitar de recursos específicos para sua plena inserção profissional. Os empregadores ainda têm uma insegurança grande em relação às pessoas com deficiência, fruto da desinformação. Particularmente em relação às pessoas com deficiência intelectual/cognitiva ou visual, que estão sub-representadas no mercado de trabalho formal, ainda prevalece o desconhecimento de boa parte dos empregadores”, conclui o economista.

1 comentário

  1. Maravilhosa a matéria!. Fiquei apenas um mês no CIAD mas aprendi algo muito valioso: Todos somos deficientes em maior ou menor grau
    às vezes na hora te ensinar uma pessoa a utilizar a internet, era mais fácil explicar para as crianças do projeto, do que aos pais deles considerados normais

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s