Frota de veículos aumenta na RMC

O crescimento acelerado das cidades reduz as fronteiras geográficas, pois não se identifica mais o limite entre um município e outro e os meios de locomoção contribuem para isso. Esta característica compõe o cenário da Região Metropolitana de Campina (RMC), sobretudo, com o aumento da compra de automóveis. Em 2002 a região contava com 903 mil veículos desde motocicletas até ônibus. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 2012 os números saltaram para 1.747.739, dobrando a quantidade de veículos.

Para ter uma dimensão da frota de veículos na região, as estatísticas dos  Censo de 2000 e 2010 apresentam a taxa de crescimento populacional das cidades da RMC,  respectivamente, 2.338.148 e 2.798.477 milhões de pessoas. Entretanto, ao se realizar uma divisão básica comparando a quantidade populacional em 2010 com o números de veículos de 2012, a média é de 1 veículo para 2 habitantes.

Na cidade de Campinas a quantidade de veículos cresceu de 418.548 para 748.540 unidades, mas do ponto de vista proporcional, a cidade de Engenheiro Coelho partiu de 2.697 chegando a 6.268 veículos.

FROTA DE VEÍCULOS RMC

A quantidade de veículos destinados ao transporte público em Campinas, segundo o DENATRAN, de 2012, está disposta em: ônibus com 4.722, divididos entre – fretados, intermunicipais, rodoviários e metropolitanos; o transporte alternativo como micro-ônibus – 3.446 e utilitário – 3.643, que somam 11.811 veículos. Enquanto a quantidade de automóveis ultrapassa 515.953 – 1 automóvel para cada 2 pessoas. Um dos problemas enfrentados pelo transporte coletivo na cidade está relacionado à baixa manutenção da malha viária. De acordo, com o Diretor de Comunicação e Marketing da Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) Paulo Barddal “as prefeituras, o governo do estado, não têm priorizado o transporte público mais inclusivo, as prefeituras não investem na melhoria do viário, aumentando o custo operacional, como a manutenção dos veículos”, explica.

Os acessos às rodovias e às vias coletoras sofrem os impactos dos congestionamentos, principalmente, nos horários de pico. Dentre os desafios impostos ao sistema público de transportes estão o grande fluxo de automóveis, as vias de acesso congestionadas, o tempo entre local de trabalho e residência. Barddal ressalta o aumento de veículos coletivos enquanto política de governo, a constante manutenção dos veículos em virtude da precariedade das vias que encarece o serviço, o problema do fluxo exorbitante de automóveis que incide sobre o cumprimento dos horários dos ônibus, que atrasam com freqüência. “Além do atraso comprometendo o horário, também os custos operacionais, assim não consegue elevar o padrão de qualidade do transporte público”, salienta Barddal.

Projetos para o sistema viário não dependem apenas da EMDEC, afirma Assessoria

A Assessoria de Imprensa da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas ( EMDEC), por outro lado disse que não compete exclusivamente a ela os projetos de ampliação do sistema viário e sim envolve outras secretarias e autarquias da prefeitura. Quanto ao transporte coletivo, a Assessoria insiste na questão do respeito aos parâmetros como funcionalidade e praticidade e a necessidade de promover mais viagens coletivas com menor frota circulante, obviamente com conforto. Alternativas para o inchaço das malhas viárias são: a construção de ciclovias, compartilhar o transporte individual e utilização do transporte coletivo, são práticas difundidas durante a Jornada Internacional que ocorre anualmente, “Na cidade, sem meu carro”, complementa a Assessoria.

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